Setembro começou da melhor maneira possível. Dois
grandes desafios. Uma palestra para uma equipa extraordinária. Um (re)encontro
sem limites com pessoas para lá de “fantabulásticas”. Foi um sábado longo… e
ainda bem. Ainda bem, porque as coisas boas querem-se demoradas, sentidas e
partilhadas. Querem-se vividas com intensidade, numa relação onde o dar e o
receber se desafiam em modo exponencial até que não seja necessário mais nada para
além da simples presença, do olhar profundo e do sorriso estampado no rosto.
Partilhar faz-me tão feliz e tão presente que naqueles breves momentos (ou
horas que sejam) parece que nada mais existe no mundo a não ser “nós” (eu e os
que ali estão comigo). Há anos que ouço dizer que quando fazemos o que gostamos
isso não é trabalho… e à medida que o tempo passa, tenho consciência de que
começo a viver esta afirmação na integra, o que me faz sentir muito
privilegiada e grata. Poder ajudar, motivar, facilitar processos de mudança,
poder partilhar o que acredito ser verdade e possível de se concretizar, poder
criar condições para que outros também possam fazer a sua caminhada de forma
mais consciente é algo que me preenche intensamente e me faz feliz. E sábado
tive outra oportunidade de o fazer no mundo empresarial. Adoro comunicar e para
empresas o desafio é sempre mais peculiar. A minha dedicação e empenho são os
mesmos mas tenho sempre de lhes lembrar que antes de “empresa” somos “pessoa” e
que o todo é sempre composto pelas partes. (É
tão fácil embrulhar-mo-nos nos papeis e esquecer a essência…) A boa notícia é
que a linguagem do coração todos entendem e tudo transforma!
Sinto-me agradecida à administração da OFORSEP pelo convite e a cada um dos presentes, que me acolheram de mente e coração aberto, pela coragem e perseverança com que se atreveram a percorrer duas horas de um caminho cheio de aventuras, partilhas e muitas (auto)descobertas. Como vocês dizem “o desafio não serem grandes é serem os melhores” e isso já é vosso.
(Imagens gentilmente cedidas pela OFORSEP)
E como se isto não bastasse para me encher o
coração, a tarde brindou-me com o abraço e as gargalhadas da tal “gente doida” que eu tenho o privilégio
de ter na minha vida. (Caramba, que tarde
e noite tão bem vividas!) Gosto destes momentos sem pressas, em que só
conta quem está e como está, e gosto (muito) de ver os meus filhos no meio
desta confusão toda. Descalços, ele de fralda à mostra, ela a “infiltrar-se”
nas brincadeiras e a marcar presença. Quero que eles gravem estas imagens no
coração. Quero que percebam o valor da amizade, da partilha, do abraço e do
sorriso. Quero que eles aprendam a dar-se sem reservas e a viver cada instante
com a intensidade de quem sabe quem é e o que realmente importa na vida. Às
vezes já lhe vou falando disso (à mais velha) mas o que eu quero mesmo é que
ela sinta a vibração e aprenda a escutar com o coração a música da amizade.
Quanto a vós, amigos meus, agradeço o
carinho, os mimos, a boa disposição e a confiança. Agradeço pelo facto do tempo
que passou apenas ter reforçado o que nos une. E, conhecendo-me como vocês me
conhecem, sabem bem que este sentimento se estende aos que não puderam estar
presentes. Neste dia, o meu coração e o meu pensamento deram um saltinho por
Inglaterra, Suíça, Alemanha e Suécia… mesmo longe vós estais perto! E agora ocorre-me
a canção do último acampamento que fiz convosco… aquela que vos dediquei e que continua
a resumir o que sois para mim:
Um
amigo é um bem, um tesouro que se tem,
São
as luzes das estrelas, que nos guiam mais além.
São
momentos bons e maus, nesta estrada percorrida,
E
digo mais, não vos trocava por nada desta vida.
E
talvez um dia, chegue a hora do adeus,
Deixar-vos-ei
com pena, amigos meus,
Mas
mesmo longe, vós estais perto, ao pé de mim,
Pois
entre amigos é assim.
Um
amigo é um irmão, nosso pensar, nossa mão.
Meus
amigos que estão aqui, para vós canto esta canção.
O
tempo voa neste instante, e já estamos de partida,
E
digo mais, não vos trocava por nada desta vida.
Sabes, setembro, continua generoso que eu vou
fazer a minha parte!
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