Quando comecei com o blogue uma das coisas
que escolhi partilhar foi registos fotográficos feitos por mim. Era uma forma
de me comprometer com uma paixão antiga que sempre foi sendo posta de lado e
deixada perdida no baú das crenças… “isto
não é para mim”, “não tenho jeito”, “não é conciliável”… desde então muita
coisa mudou… inclusive, a minha crença.
Para mim cada imagem conta uma história,
regista um momento, partilha as emoções contidas nessa história e nesse momento!
A Fotografia permite-me ver tudo o que me rodeia com outros olhos, com foco no
momento, no presente. Permite-me criar, recriar e contar as minhas próprias
Histórias. Quando fotografo esqueço o mundo porque me ligo a ele. Somos um e
isso liberta-me do tempo, das circunstâncias, dos julgamentos. No limite, a
fotografia permite-me captar o que é invisível aos olhos porque quando a conexão
é integral até a alma pode ser eternizada. Fascina-me a autenticidade, o
detalhe que é único, o sorriso rasgado e a gargalhada solta ao vento. Cativa-me
a simplicidade dos gestos, das expressões, a cumplicidade. Desafia-me captar a essência
e eternizar a felicidade, que acredito viver dentro de cada um de nós. E acima
de tudo faz-me ainda mais feliz.
Esta paixão antiga já me presenteou com muitas
alegrias, mas no fundo do meu SER eu sei que o melhor ainda está para chegar.
Hoje, melhor do que nunca, acredito que
devemos ESCUTAR O CORAÇÃO PARA DESPERTAR e USAR A RAZÃO PARA CONCRETIZAR. E,
com a mesma certeza que a Mariza, canto para mim mesma: “Hoje a semente que
dorme na terra e se esconde no escuro que encerra, amanhã nasce uma flor”.
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