Há já alguns anos
que deixei de justificar o meu ânimo matinal com o estado do tempo. Mas
confesso que hoje dei por mim a praguejar com esta chuva que teima em tornar os
meus dias menos produtivos. Tenho muito trabalho para fazer em frente a esta
pequena, maravilhosa, máquina (PC) e que de facto posso fazer abrigada e
confortavelmente sentada em qualquer café, com uma música ambiente fantástica e
vistas inspiradoras… mas depois há toda uma lide corriqueira de coisas que uma
pessoa que também é mãe, esposa, filha, dona de casa, jardineira, mestre-de-obras,
decoradora… tem de fazer e, que se vê obrigada a ser ainda mais criativa para
contradizer este tempo que por aqui se faz sentir! Tivemos a casa em obras
praticamente um mês e meio, dormimos na sala durante uma semana… num ambiente
digno de um verdadeiro acampamento selvagem. Entretanto foi tempo de limpezas, tempo
de reorganizar o quarto da pequena e aproximar o outro daquilo que será um
quarto de bebé… tempo de perceber que temos mais tralha em casa do que devíamos
ter. Pelo meio vários contratempos, muitas visitas, um correr em contra relógio
e muitas pausas exigidas por um corpo e uma mente que me dizem “menos, muito menos”. E hoje mais chuva…
mais umas quantas tarefas adiadas (e como
eu gosto de as riscar da lista!) e mais um exercício digno de quem escolhe
ver o lado brilhante da vida… Olhar as nuvens, contemplar a chuva e (re)lembrar
como tudo na natureza tem o seu tempo de recolhimento, de desenvolvimento, de despertar
e de brilhar!

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