Vivemos demasiado tempo em desequilíbrio… é
como se vivêssemos apenas sobre um dos nossos pés… e viver a vida apenas sobre
um pé é cansativo. Desalinha o corpo. Impede que a respiração flua ao seu
ritmo. Deixa-nos de tal modo estafados que o olhar desce abaixo da linha do
horizonte, os ombros pesam mais do que deviam e o sorriso não tem resistência suficiente
para persistir. Quando estamos assim não é fácil viver… a sobrevivência parece
ser o único reduto possível e os dias sobrepõem-se numa monotonia capaz de nos asfixiar
silenciosamente. Quando estamos assim só há uma coisa a fazer… parar. Respirar
fundo e, contrariando o próprio estado de espirito, atrever-se a colocar o
outro pé no chão. Só encontramos e ficamos em equilíbrio quando temos os dois
pés bem assentes no chão. Esta atitude é a única capaz de desencadear a mudança
que nos leva ao equilíbrio, porque através dela estamos a resgatar o controlo
da própria vida. Colocar os dois pés no chão é assumir que me quero elevar e
começar a percorrer o meu caminho! Com os dois pés no chão ganho controlo sobre
o meu corpo e torno-me capaz de o erguer, tornando-o aprumado (como se um fio nos puxasse a cabeça em
direção ao céu). Aí, fico capaz de colocar os ombros ligeiramente para trás
e de elevar levemente o queixo. Como por magia o meu olhar eleva-se e finta o horizonte.
Estou pronta para avançar, em passos firmes, calmos e constantes. Respiro
profundamente, deixando que todo o corpo reaja em uníssono à entrada e saída do
ar, que me revigora. A segurança e a confiança surgem… o equilíbrio acontece!
Com os dois pés bem assentes no chão o equilíbrio
surge… a(s) questão(ões) é (são):
Queres colocar os dois pés no chão?!
O que te impede de o fazer?!
O que precisas fazer para que isso aconteça?!
Estás disposto(a) a fazer isso?!
Quando?!
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