Os dias tem passado a um ritmo muito próprio. O facto do pai
estar por casa ajuda a que tudo decorra com uma normalidade e tranquilidade não muito comuns por estes lados. Todo este (re)ajustar parece-me
confirmar a velha teoria de que com o segundo filho tudo é diferente... E é.
Primeiro ele não é ela. Pessoas diferentes, personalidades diferentes,
comportamentos diferentes. Depois nós! Enquanto do primeiro qualquer pequeno
suspiro me fazia saltar da cama sem qualquer cuidado e com o coração nas mãos,
agora abro o olho, vejo como ele está e só depois (se for caso disso) me
levanto ou (coisa impensável com a primeira) peço que alguém o faça por mim!
Não tenho dúvidas que é esta forma de estar mais descontraída
que nos está a possibilitar viver este momento bom mais tranquilidade, mesmo
com todas as rotinas, cuidados e brincadeiras da pequena grande Ni. E depois...
Depois ainda há este sol magnífico. Ter um filho no Outono (quase inverno) e
outro na primavera (quase verão) são duas versões muito diferentes de uma
mesma realidade!!!! Viva o calor. Viva o sol. Como já disse por aqui várias
vezes, recuso-me a utilizar o estado do tempo para justificar os meus estados
anímicos ou para desculpar ações que devia ter feito mas não fiz... Mas
caramba! Que faz diferença lá isso faz. Acordar de manhã (madrugada) para dar
de mamar e sentir o cheiro do dia a nascer, do sol a espreitar é do melhor.
Acordar sem pressas e poder abrir janelas em vez de ligar aquecimentos é
liberdade! Poder carregar um recém-nascido ao colo sem mantas e mantinhas, sem
gorros e gorrinhos... é aproveitar todos os momentos para me ocupar na relação
em vez de me preocupar com o acessório. Muitas vezes, durante a gravidez, senti
que o tempo passava rápido demais e que eu não estava a celebrar a minha
"Maria redonda" com todas as honras que ela merecia. O tempo frio
desmotivava-me a exibi-la como da primeira vez... A minha nova versão profissional
exigia mais adaptação e dedicação do que antes... A pequena Ni concentrava em
si todos os bocadinhos que eu tinha disponíveis... Mas agora, ao olhar para
traz, percebo (mais uma vez) que no fim tudo se resolve... Na primeira gozei
muito o estado de graça; no segundo tenho a oportunidade de aproveitar mais a
relação, num ambiente não perfeito mas feliz e completo!
Sem comentários:
Enviar um comentário