Sinto que entramos na fase de brincar às
escondidas. Brincamos ao jogo do agora eu, agora tu. Não conheço esta etapa…
não a tive com a Ni, mas reconheço a ansiedade que lhe atribuem como minha
também. Quero muito encontrar-te, olhar para ti, acolher-te no meu peito num
eterno abraço… mas ainda estou demasiado apaixonada por esta “Maria redonda” de tamanho XXL para me
deixar levar pelo desejo do primeiro encontro. Tens-me dado todo o tempo que te
tenho pedido. Primeiro o término dos projetos em andamento, depois 5 dias
extraordinários de “dolce fare niente”,
num Portugal maravilhoso onde #aquinãosepassanada é a ordem do dia. Mas
passa-se muito, não é?! Passa-se sempre muito em cada minuto que respiramos e
os entregamos ao aqui e agora! Deixar fluir e acreditar que no fim tudo vai
terminar bem é das maiores e melhores lições de vida que aprendi. Não falo em
cruzar os braços e ficar à espera que o mundo ou alguém resolva por nós… (pois ficaremos demasiado tempo à espera e
a probabilidade de que algo aconteça é praticamente nula) falo de
simplesmente focar o que é possível fazer AGORA, com o que tenho agora e com o
que sei agora, falo em dar o melhor em cada a instante e acreditar que esse é o
caminho; falo em manter sempre acesa a chama da paixão pela vida, dando-lhe um
sinal claro de que estou aqui… (acredito
que isso basta, ela não se esquece!).
Olho para estes nove meses e sinto uma
saudade imensa por tantos e tão bons momentos vividos. Reconheço que muito mais
podia ter sido feito, mas aprendi com isso e aos poucos reconheço que melhorei,
dia-a-dia, numa busca incessante por me sentir bem e feliz! Talvez por isso me
sinta tão calma, tão apaixonada e tão confiante no que está para vir. Revendo estes
tempos tenho a sensação de ter (re)descoberto uma nova versão de mim mesma, uma
versão melhorada, uma versão que me fascina e assusta ao mesmo tempo. Tantas
situações chamadas “criticas” e tanta
calma, clareza e dedicação. Foram várias as vezes em que as lágrimas me
molharam o rosto, num desabafo mudo, numa descompressão própria de quem sabe
que no momento seguinte as lágrimas secam e as mãos são chamadas ao seu lugar: segurar
as rédeas da própria vida. Para mim é nesta fragilidade que nos tornamos
mais fortes e capazes, é nesta fragilidade corajosa que (re)descobrimos que
somos mais, muito mais do que apenas mais um, que crescemos enquanto pessoa e
nos tornamos mais mundo, mais amor. E neste caminho percorrido, tu, sempre tu,
meu companheiro de jornada, meu confidente, meu parceiro de sonhos, conquistas
e desafios. Foste sempre o melhor de todos os motivos para sorrir, para fazer
acontecer, para acreditar nas possibilidades e nas improbabilidades. Falta-me
um grande desafio… o encerramento do curso de expressão dramática que iniciamos
(juntos) há oito meses. A peça está encenada, a data marcada… por vezes pergunto-me
se o teu relógio segue o mesmo ritmo que o meu… mas sabes?! Entre preocupar-me
com isso e ocupar-me contigo escolho ocupar-me a ver-te mexer, a sentir-te e a
dizer-te o quanto és querido e já amado! Prefiro continuar a brincar às
escondidas, no jogo do agora eu agora tu, acreditando sempre que cada coisa
acontecerá quando tiver de ser.
 

Sem comentários:
Enviar um comentário