Em cada deserto há um oásis

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Hoje dei por mim a olhar para esta última semana com um sentimento de vitória e de dever cumprido. A semana não foi fácil, começou muito atribulada com a pequena cheia de febre e com uma série de planos completamente furados! Até terça-feira não houve lugar para mais nada senão mimos, brincadeiras e muitas “mini” sestas para compensar as noites mal dormidas… já me tinham dito que seria assim… que nos primeiros tempos ela passaria mais tempo em casa do que na escola… tinha, e ainda tenho, algumas dúvidas sobre isto, mas a verdade é que cá ficou ela rendida a uma virose qualquer. Ao olhar para um fim-de-semana e mais dois dias completos 100% a duas (eu e ela) percebo que a relativização de tudo me deu a calma que precisava para gerir toda a avalanche de emoções que me invadiu… e a verdade é que na quarta-feira tudo reencontrou a ordem necessária e perfeita para me libertar e agilizar os dias para que eu pudesse dedicar-me às oportunidades que estão a surgir.

Às vezes dou por mim a pensar que a vida nos “trama” apenas para ver até que ponto estamos comprometidos com aquilo que dizemos que queremos, com aquilo que dizemos ser os nossos objetivos. E quando, mesmo durante a tempestade nos mantemos firmes, ela apazigua os ventos, afasta as nuvens e faz o sol brilhar de novo. Há uns anos atrás seria incapaz de ter esta visão tão “simplista” das coisas e desligar o complicómetro era algo impensável, pois tal coisa nem existia para mim. Tornei-me mais consciente de quem sou e sobretudo do que sinto, e com isso ganhei graus de liberdade, de clareza, de serenidade. Ainda quero muitas coisas para ontem mas cada dia que passa tenho mais consciência de que o caminho se faz andando, que se num dos dias tiver de dar um passo atrás isso não é o fim do mundo, desde que depois dê dois (bem dados) para a frente. Não vejo o fim da estrada, não conheço este caminho (que escolhi percorrer), mas estou certa que a seguir a cada deserto haverá sempre um oásis há minha espera.