26 julho 2014

O que fizemos às férias?!


“As férias já são um problema, fonte de desgaste e tempo de pré-ocupação: “é preciso decidir quem vai… como, e os outros que vão ou não… e se há tempo para tudo o que cada um quer… e se há bom tempo… se há dinheiro… etc…”, … com tudo marcado a tempo, prevendo o trânsito, o regresso, as roupas… A “féria” deixou de ser festa. Mais um trabalho a cumprir. Quando se parte já a discussão vai alta e o tempo, sempre curto, não dá para pacificar.
É importantíssimo perceber o que é isso de Férias e a sua necessidade. Mas não com o que agora se inventou como “estratégia de descanso”, caro, mais uma “canseira” que dá imenso trabalho a preparar, que desvia de tudo aquilo que é importante e acaba frequentemente em discussão. O que nos descansa são as relações pacíficas, sem stress: com os outros, com a natureza, connosco… “E estar?! Estivemos com toda a gente”. Tem de se ir ali e acolá, estar onde todos estão e ao mesmo tempo não estar para ninguém; a ver onde os outros vão e se nós também vamos, para depois, poder contar as nossas férias originalíssimas! Chega-se “descansadíssimo”, ou seja esgotadíssimo.
Claro, há que pensar o que é que são mesmo férias para cada um. Mas perguntar sobretudo isto: quais são as coisas que realmente me descansam?
A pessoa descansa quando se experimenta amada, descansa quando percebe que tem segurança, descansa quando está convencida que tem qualquer coisa a fazer, de pessoal, neste mundo.”
  

Excerto do livro “Só avança quem descansa” - Pe. Vasco Pinto Magalhães

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