Ter o privilégio de passar 4 dias com os
que mais amamos, em dita exclusividade, é do melhor do mundo. É encher o peito
com o ar mais puro, que nos alimenta a alma. É poder desligar do mundo para me
concentrar no MUNDO e foi isso que tive! Fomos para a Beira Interior e aquilo
que nos tinham anunciado como uns dias ainda frios tornaram-se dias cheios de
calor (e não só humano porque o sol
fez-nos sempre a melhor companhia). Curioso perceber que na simplicidade
dos outros encontramos o nosso brilho, o nosso bem-estar. Ser saudado na rua,
independentemente de se conhecer a pessoa ou não, é uma das pequenas grandes
maravilhas deste nosso Portugal. É muito bom estar tão longe de casa e
sentir-se tão “em casa”. Depois, poder
partilhar tudo isto com a pequena e ver aquele ar de felicidade no seu rosto!
Por estes dias não existiram pressas nem afazeres, existiram pequenos prazeres
quase todos fruto da natureza que nos rodeava. (Estar sentada na soleira da porta, com o sol a bater, um livro na mão e
o som dos pássaros, dos grilos e aquele ar da serra é do melhor). Houve
tempo para fotografar, ler, escrever, refletir… (sim, bastante…) e tempo para perceber que agora é o tempo certo
para viver, porque afinal, não existe outro tempo!
A aldeia onde ficamos é a aldeia onde viveu
a minha tia avó (que viveu até aos 104
anos - digam lá se não são uns bons ares!). Visitamos família e pessoas que
passam rapidamente de conhecidos a amigos. As palavras mais ouvidas da boca da
pequena foram: “ah!” e “oh!”, pois tudo era motivo para encanto. Aqui ainda
existem burros e as cabras recolhem pela rua principal da aldeia, e os grilos e
os pássaros são a companhia sempre perfeita para passear pelo campo ou pelo “povo” (como eles dizem).
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